Socorrendo um filhote de ave

O que fazer quando encontramos um filhote de ave necessitando de ajuda?

A primeira questão é diferenciar se é um filhote que há pouco saiu do ninho ou uma ave ferida ou doente.

Aves feridas ou doentes devem ser manipuladas o mínimo possível pois o stress da captura é de grande importância na piora das doenças, além dos ferimentos que a ave acaba sofrendo se ficar se debatendo para se libertar e, com isso, a tentativa de ajudar pode acelerar a morte do animal.

Não tente fornecer alimentos, água ou remédio para essa ave, observe se há sangramento ou alguma fratura visível em asa ou pata e, neste caso, envolva o corpo da ave com um pano ou faixa para evitar que ela se debata durante o transporte.

Coloque a ave em uma caixa ou gaiola de tamanho apropriado em local calmo, com temperatura confortável, até o seu atendimento por um médico veterinário especializado. Enquanto isso, a observe e, em casos extremos, ofereça água em uma colher pequena, proporcional ao tamanho do bico e o imersa lentamente na colher. A ave perceberá que é água e beberá sozinha. Caso você tenha alguma habilidade no manejo, utilize uma seringa de um miligrama em pinga gotas ou umedeça um pequeno pedaço de algodão e ofereça em gotas, a cada duas horas, que ela aceitará. Este procedimento só é recomendado em CASOS EXTREMOS.

LEMBRE-SE : Os filhotes, quando deixam o ninho, têm o tamanho muito próximo do das aves adultas mas, normalmente, a cauda é curta. Eles devem ser deixados onde estão ou no local seguro mais próximo possível pois, mesmo tendo poder de vôo, ainda necessitam ser alimentados pelos pais, que raramente os abandonam, mesmo que nós não os enxerguemos. Já os filhotes muito novos que acidentalmente caíram do ninho devem ser recolhidos e encaminhados a SOS AVES E CIA.

Os primeiros vôos são curtos e, às vezes, nos dão a impressão de que a ave não está conseguindo voar. Ela está aprendendo, assim como precisa aprender com os pais onde conseguir alimento e abrigo. Se forem retiradas do ambiente, correm risco de não sobreviver ou não poderem ser readaptadas à natureza sendo condenadas ao cativeiro por toda a vida.